O pão é um dos alimentos mais antigos e apreciados do mundo. Dada a sua importância deste alimento ganhou um dia só para ele: 16 de outubro é o Dia Mundial do Pão. A data foi instituída em 2000, em Nova York, pela União dos Padeiros e Confeiteiros.
Apesar da grande variedade disponível atualmente, a essência da receita permanece a mesma: uma combinação de farinha, água, sal e fermento.
A importância do pão
Pães, assim como massas, batatas, mandioca e cereais, são alimentos ricos em carboidratos. Os carboidratos são a base da nossa alimentação e a primeira fonte de energia que o nosso corpo usa.
Uma dieta pobre em carboidratos pode trazer efeitos indesejados, como fraqueza, mal-estar, desidratação, perda de massa magra, menor resistência a infeções, além de outros problemas. Para o bom funcionamento do organismo, 50 a 60% das calorias que nós ingerimos devem vir dos carboidratos.
O pão, por si só, não engorda. O que engorda é o consumo excessivo de carboidratos, bem como de qualquer outro macronutriente, como proteínas e gorduras.
O pão tem uma importância cultural e religiosa muito grande. Está associado ao ato de compartilhar, ao momento em que a família se reúne pela manhã e aproveita para conversar.
Curiosidades
A Organização Mundial da Saúde recomenda que as pessoas comam 50 quilos de pão num ano. O país que mais come pão é Marrocos, sendo que em média cada marroquino come 100 quilos de pão por ano. O País que mais se aproxima do ideal é o Uruguai, comendo em média 55 quilos por ano (por pessoa).
No Brasil, o pão começou por ser popular no século XIX, apesar de ser conhecido desde os colonizadores. Os pães feitos no Brasil eram escuros enquanto na França o pão era de miolo branco e casca dourada. O pão francês que tanto é usado no Brasil não tem muito a ver com os verdadeiros pães franceses, pois a receita do pão francês no Brasil só surgiu no início do século XX e difere do pão europeu por conter um pouco de açúcar e gordura na massa.
Ao longo da história, a posição social de uma pessoa podia ser distinguida pela cor do pão que ela consumia. Pão escuro representava baixa posição social, enquanto pão branco, alta posição social, pois o processo de refino da farinha branca era muito mais caro. Atualmente, ocorre o contrário: os pães escuros são mais caros e, por vezes, mais apreciados por causa de seu valor nutritivo.
Evolução
Por volta de 50 anos A.C., o conhecimento do pão espalhou-se entre os Gregos, Romanos e Saxões. Os romanos foram os primeiros a terem um moinho rotativo e no tempo de Cristo, mais de 250 padarias comerciais em Roma produziam meio milhão de pães diariamente.
Durante séculos, fazer pão era uma arte, mas em 1676 a invenção do microscópio levou à identificação de microrganismos microscópicos, incluindo o fermento.
O ano de 1800 foi conhecido como os “Anos Dourados” para os panificadores. O aperfeiçoamento nos processos de moer e novas variedades de trigo e leveduras foram desenvolvidos. Padarias refinavam os seus pães, mas a massa continuava a não ter um crescimento consistente. O resultado era um pão grosseiro e denso.
Somente em 1859, Louis Pateur, o pai da microbiologia moderna, descobriu como o fermento funcionava. Alimentando-se de farinha de amido, o fermento produzia dióxido de carbono. Este gás expande o glúten na farinha e faz a massa de pão crescer.