O relatório apresenta um estudo sobre a
história do soldado António de Sá Leones que morreu no dia 9 de abril de 1918,
na 1.ª Guerra Mundial, na sangrenta batalha de La Lys, em França. No início do
relatório faz-se uma abordagem a alguns aspetos da 1.ª Guerra Mundial e à
participação dos limianos na mesma. Conta como os alunos através do Memorial
Virtual aos Mortos na Grande Guerra, descobriram o soldado António de Lá Lemos,
oriundo da freguesia de Moreira de Lima, da qual também são naturais uma grande
parte dos discentes que pertencem à turma. Ao longo do desenvolvimento do
projeto, os alunos descobriram quem foi este soldado que morreu a 9 de abril de
1918. Desta forma surgiu o subtema “Um olhar sobre o soldado António de Lá
Lemos”, que mudou o nome para “Um olhar sobre o soldado António de Sá Leones”,
pois os alunos descobriram um erro histórico na transcrição do nome do soldado
quando começaram a fazer pesquisas. Com este Projeto pretende-se honrar os
soldados que morreram em tempo de guerra.
António de Sá Leones, soldado da 4.ª Companhia do
Regimento de Infantaria n.º 3, nasceu a 1 de setembro de 1894 na Guarda, lugar
da freguesia de São Julião de Moreira do Lima, concelho de Ponte de Lima,
distrito de Viana do Castelo. Filho de Sebastião de Sá Sottomayor Leones e de
D. Isabel Clara Barbosa. Embarcou para França com 23 anos, integrado no Corpo
Expedicionário Português (CEP) a 22 de abril de 1917, onde pertenceu à Brigada
do Minho. Faleceu em combate a 9 de abril de 1918, na Batalha de La Lys, tinha
24 anos, ignora-se o seu local de sepultura e era solteiro.
O Sr. Manuel António Leones Peixoto contou-nos que o
soldado António morreu como um herói, segundo o testemunho do seu avô José
Leones. No auge da batalha de La Lys, houve uma altura em que os soldados
portugueses começaram a fugir dos soldados alemães. O seu avô (José Caetano da
Cunha Pereira Leones), o António e outro soldado, fugiram para uma igreja e o
José disse-lhe para se esconder, mas ele não o fez. Com a espingarda na mão
disparou contra os alemães que o abateram, o seu corpo caiu no chão e ali
ficou. O José e outro soldado renderam-se em seguida aos alemães.
Muitos foram mortos e feridos, e milhares feitos
prisioneiros. As hostes portuguesas e britânicas não conseguiram aguentar o
embate e cederam perante uma avalanche que chegou a ser na proporção de dez
para um.
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